Volvi meu olhar para o céu e pude perceber como o belo
brilhar das estrelas é sobreposto por tantas luzes da cidade grande... Logo me
veio à memória o esplendoroso céu do interior da cidade, tão limpo, tão nítido,
tão simples e tão perfeito... Assim penso que somos nós, a nossa essência
divina nos faz belos por natureza, faz com que em, nossa simplicidade, sejamos
radiantes pelo simples fato de sermos aquilo que Deus deseja de nós, de sermos
Luz para o outro! Porém o mundo nos oferece as suas luzes, estas que são mais
fáceis, mais próximas e, aparentemente, tão mais cheias de brilho... Porém, ao
serem oferecidas, não é citado sobre estas tais luzes algo essencial, elas
apagam! Mas, com nossa inconstância e desejos imediatos, muitas vezes acabamos
por aceitar esta proposta que parece tentadora, e com nossas ‘novas luzes’
esquecemos daquelas que estavam em nós e estas vão perdendo seu brilho, pouco a
pouco, em meio ao brilho de tantas luzes artificiais que aderimos... Assim
podemos ver o quanto somos frágeis, na busca de sermos mais, acabamos sendo
menos. O nosso céu estrelado se reduz a uma pequena luz que só ilumina o nosso
próprio ego. Passamos por uma metamorfose e deixamos de ser iluminados para
estarmos apenas iluminando um pequeno espaço que não vai além do curto alcance
de nossa visão. E, usando as palavras do próprio Cristo: ‘Vos sois Luz para o
mundo!’, eu vos convido hoje, que tal quebrarmos em nós essa pequena luz que
ilumina apenas a nós mesmos e permitirmos que este céu, repleto de estrelas,
tão simples e tão radiante que Deus nos concede, ilumine em nós para o outro?
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